domingo, 18 de março de 2012

Gastronomia e vinhos em Vancouver



Meninas e meninos,Meninas e meninos,
Quando me proponho a conhecer novas fronteiras, sempre penso nas particularidades, nas coisas novas, pois estas são as diferenças entre as culturas.
No caso dos vinhos tenho degustado alguns locais, e até agora, todos de Okanagan Valley, como o Inniskillin Pinot Blanc do almoço no Steam Works Brewing Co, que apesar de cervejaria, ataquei mesmo de vinho, e paguei pela taça o mesmo de uma garrafa na loja(descobri que não é só no Brasil que isto acontece).
13% de álcool, com floral acentuado e certo mineral logo de pronto.
As frutas só abrem depois de algum tempo, mostra especiarias em boca, como o anis.
Acidez média, tornando-o perigoso quando esquenta em taça.
Harmonizei-o com um black salmão e salada de folhas, e como o salmão era grelhado, sem molho, o vinho encarou bem, mas se as folhas estivessem nadando em algum molho, como já vi por aqui, creio que a falta de acidez estragaria o casamento.
Já para o jantar, duas boas surpresas, a primeira me fez lembrar de dois queridos amigos.
Do dublê de jornalista esportivo, crítico de ópera(quando o conheci) e chef de cozinha Silvio Lancellotti.
O segundo, o mestre chef de cozinha e showman da comunicação e marketing, responsável por ter levado o nome do Brasil aos centros gastronômicos mundiais, o Jorge Monti.
Lembrei-me dos dois, pela segunda razão, os pratos em destaque no cardápio do Don Francesco, sob o título de WILD GAME DINING EXPERIENCE, porque há tempos idos, o primeiro javali que comi em São Paulo foi no restaurante do Jorge, o Refúgio Del Viejo Conde, no Itaim Bibi, especializado em caças, e levado pelo Silvio.
Porque digo isso? É que ao jantar no Don Francesco, belo restaurante de tendência italiana (o Don Francesco é Siciliano como o Silvio) entrei fundo nas caças, e pedi um peito de faisão, PETTO DI FAGIANO FARCITO A LA TOSCANA(aqui se vê a globalização dos italianos), recheado com panceta, cogumelos, marinado em vinho madeira, com fettuccini ao cream cheese e açafrão, e um belo FILETTO DI CINGHIALE AGRO DOLCE, javali ao molho de frutas vermelhas, marinado com vinho e ravióli na manteiga.
Para beber, arrisquei um Hester Creek Reserve Block 1 Cabernet Franc 2009 de Okanagan Valley com 14% de álcool.
Pela uva, pensava na acidez e frutas, para as carnes e molhos, e o álcool para combater as massas, o queijo.
Com sua expressão frutada para os molhos dos pratos e as caças, e não deu outra, casou muito bem.
Vinho elegante, o melhor que até aqui degustei, muita fruta e especiarias não paravam de aparecer, toque de eucalipto, de especiarias como cravo, canela e noz moscada(creio que da madeira que em primeiro momento apareciam mais no olfato e não consegui saber quanto tempo em barril e qual madeira), acidez como pensava, muito boa, equilibrando com o álcool potente, e taninos bem resolvidos fechavam o descritivo.
Até um abacaxi em calda ao final da garrafa apareceu na taça.
Fica a dica para quem estiver em Vancouver, procurar o Don Francesco.
Como ainda não consegui dominar a diferença de fuso horário(é a primeira vez que me acontece), quando a internet do hotel permite, tenho postado, ao menos tenho feito os relatos às 2:00 hs da manhã locais, 6:00 no Brasil, horário que acordo espontaneamente...
Até o próximo brinde!

Álvaro Cezar Galvão

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